O sonho da casa própria é um marco na vida de milhares de brasileiros. Em 2025, esse objetivo ganha novos contornos diante das estatísticas de financiamento e das estratégias de crédito disponíveis.
O setor imobiliário brasileiro registrou um crescimento expressivo no primeiro semestre de 2025. O volume de crédito habitacional alcançou R$ 134,6 bilhões em concessões, um aumento de 25% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2024.
Foram financiadas aproximadamente 512 mil unidades residenciais, crescimento de 18% sobre o ano anterior. Enquanto o crédito para construção apresentou queda de 54% no semestre, o segmento de imóveis usados disparou, com alta de 38% na concessão de recursos.
O valor médio dos contratos de Crédito com Garantia de Imóvel (CGI) ficou em torno de R$ 240 mil, com prazo médio de 13 anos, demonstrando a confiança das instituições financeiras na estabilidade do mercado.
Atualmente, existem duas fontes principais para o financiamento imobiliário:
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) continua sendo a principal via, enquanto o FGTS fortalece sua participação, prevendo R$ 152 bilhões contratados até dezembro. Programas governamentais, como o Minha Casa, Minha Vida, devem atingir 2 milhões de unidades até o fim de 2025.
O primeiro semestre de 2025 apresentou um cenário misto: 186.547 unidades lançadas e 206.903 vendidas, com alta de 6,8% e 9,6%, respectivamente. Entretanto, a oferta total caiu 4,1%, refletindo estoque mais enxuto e valorização média de 4,2% nos preços.
Em um cenário de juros elevados, o setor mostrou-se resiliente, sustentado por condições de crédito mais acessíveis em programas sociais e subsídios municipais. A preferência por imóveis usados reforça a busca por alternativas que se ajustem ao orçamento familiar.
A taxa de inadimplência em 2025 permanece próxima ao piso histórico, com apenas 1,14% da carteira em atraso. Apesar de um aumento de 0,6% entre janeiro e julho, dívidas regularizadas antes do vencimento mostram a força das garantias e pactos de conciliação.
O percentual de contratos com prestações em atraso subiu para 9,37%, mas a maior parte dessas operações é regularizada rapidamente, evitando execuções judiciais. A manutenção de taxas controladas em programas sociais contribui para a previsibilidade dos pagamentos.
O mercado enfrenta desafios significativos, como a retração do crédito para construção e o impacto da alta na taxa básica de juros. Empresas e instituições financeiras buscam inovação nos processos de concessão, acelerando a digitalização das operações de crédito e simplificando requisitos burocráticos.
O lançamento de programas como o Reforma Casa Brasil amplia o acesso ao financiamento para reformas e melhorias, combatendo a inadequação habitacional e promovendo a revitalização de moradias antigas.
Para os próximos dez anos, o Governo Federal planeja elevar a participação do crédito imobiliário no PIB de 10% para cerca de 15%–20%. A projeção para o total financiado em 2025 é de R$ 302 bilhões, mesmo com leve retração de 4% em relação a 2024.
Espera-se uma recuperação no fluxo de lançamentos assim que houver alguma redução da taxa Selic, estimulando a retomada de grandes empreendimentos e gerando emprego e renda no setor da construção civil.
O déficit habitacional caiu de 10,2% para 7,6% das famílias desde 2009, mas permanece um desafio estrutural. A adoção de índices de correção atrelados ao IPCA e sistemas de amortização mais previsíveis podem reduzir riscos e atrair novos investidores.
Conquistar a casa própria em 2025 requer planejamento, informação e escolhas estratégicas. Acompanhe as taxas de juros, avalie condições de programas públicos e compare ofertas de instituições.
Com visão de longo prazo e acesso às melhores condições de crédito, você pode transformar seu sonho em realidade. O mercado em 2025 oferece oportunidades sem precedentes para quem busca estabilidade, patrimônio e prosperidade.
Referências