Em um cenário de crescente digitalização, o uso de cartões de crédito, débito e pré-pagos alcançou um patamar sem precedentes no Brasil. No primeiro semestre de 2025, as transações totalizaram R$ 2,2 trilhões, refletindo tanto a conveniência quanto a exposição a riscos.
Com esse volume expressivo de operações, consumidores e empresas precisam adotar práticas de segurança eficientes para evitar prejuízos financeiros e proteger dados sensíveis.
O aumento expressivo no uso de cartões trouxe benefícios em termos de fluxo financeiro e praticidade. Entretanto, a popularização de meios eletrônicos eleva a probabilidade de ataques e fraudes.
Adotar medidas preventivas passa a ser tão importante quanto a facilidade de pagar com um simples toque ou aproximação. Desenvolver uma cultura de segurança em cada etapa da transação é o primeiro passo para minimizar riscos.
Os números mais recentes revelam um agravamento no cenário de tentativas de fraude. No primeiro semestre de 2025, o país registrou 6.937.832 ocorrências, o que representa um aumento de 29,5% em relação ao mesmo período de 2024.
Cada investida contra instituições financeiras acontece, em média, a cada 2,3 segundos, e mais da metade dos ataques (53,7%) visa bancos e emissores de cartões. Em termos práticos, isso equivale a tentativas de invasão em massa direcionadas aos sistemas bancários.
O potencial de prejuízos financeiros decorrentes dessas fraudes ultrapassa R$ 15,7 bilhões, caso todas as tentativas fossem bem-sucedidas.
No mercado ilegal online, o preço médio de um cartão brasileiro na dark web atingiu US$ 10,70 em 2025, representando R$ 57,50 e um incremento de 26% desde 2023.
Esse aumento de valor indica não só a crescente demanda pelos dados, mas também a sofisticação dos controles antifraude que forçam os criminosos a aprimorar suas práticas para obter lucros.
Investir em tokenização de última geração e criptografia robusta é essencial para neutralizar o interesse desses agentes maliciosos.
As fraudes evoluem constantemente, adotando múltiplas abordagens para burlar sistemas de segurança e enganar usuários.
As principais bandeiras e emissores vêm investindo em um roteiro estratégico para 2025 visando neutralizar ameaças e tornar as transações mais seguras.
O Visa Roadmap Brasil, por exemplo, se apoia em quatro pilares fundamentais para reforçar a proteção do ecossistema de pagamentos:
Consumidores podem adotar ações simples, porém eficazes, para blindar suas transações e reduzir drasticamente o risco de fraudes.
O combate à fraude é uma corrida contínua. Instituições financeiras, varejistas e provedores de tecnologia devem trabalhar em integração, compartilhando inteligência e adotando autenticação multifator e biometria avançada para ficar um passo à frente dos golpistas.
Investimentos em pesquisa e desenvolvimento, juntamente com programas educativos para o consumidor, são cruciais para criar um ambiente de pagamentos mais resiliente.
Além das perdas financeiras, as fraudes geram transtornos emocionais, demandam tempo e comprometem a confiança no sistema financeiro. A sociedade sofre com o desvio de recursos que poderiam ser aplicados em inovação e melhorias de serviços.
Portanto, cada ação preventiva, cada alerta disparado e cada tecnologia implementada representam um passo decisivo rumo a um mercado mais seguro e confiável para todos.
Referências